Toda ação que uma organização aplica, da criação da marca aos valores da organização, faz parte do branding.
O termo branding não sai da boca dos gestores e responsáveis pelo marketing das empresas, mas às vezes o conceito não fica muito bem entendido. Toda ação que uma empresa aplica, da criação da marca e sua personalidade aos valores da organização, faz parte do branding, que nada mais é do que a reputação da empresa em seu posicionamento no mercado. Quando o serviço oferecido é relacionado à saúde, a necessidade da comunicação fica ainda mais evidente, por isso o branding é fundamental na indústria médico-hospitalar.
O propósito da marca
A alma de uma marca é um trabalho que começa nos primórdios da sua criação, anterior à definição do produto ou serviço. É ela que orienta todo o atendimento, pois vai além da comunicação, deve estar ligada a ações e procedimentos. Funciona como uma linguagem universal da empresa, uma espécie de propósito, que fica claro e evidente para o consumidor, desde a equipe de atendimento e agendamento até a consulta ou o exame.
Para que se mantenha no nível planejado, é preciso investir continuamente em controle de qualidade.
O branding é capaz de manter a lembrança da marca de forma positiva na mente dos consumidores, algo que foi conquistado por muitas organizações em tempos pós-Covid. Quando o isolamento social acertou em cheio o faturamento das empresas, aquelas que já estavam consolidadas na memória do consumidor tiveram mais chance de sobreviver. É o poder do branding, a evolução do boca a boca de antigamente, que demonstra o diferencial da empresa em relação aos concorrentes.
Como fazer
Branding não é imediato, é um trabalho realizado para acontecer em longo prazo. Por isso, os seus pilares são a excelência na prestação de serviços e a fidelização de clientes. Tudo isso passa pela comunicação e habilidade da empresa em encantar e ter agilidade no atendimento. A boa estratégia de marketing não se limita a publicidade, assessoria de imprensa e ações de relacionamento médico. É preciso investir em presença digital, para alcançar o consumidor no local onde ele se sente mais à vontade e onde faz pesquisas para decidir o produto ou serviço que vai utilizar.
A concorrência do mercado
Os empresários da área da saúde no Brasil enfrentam um desafio grande, que é a concorrência com os grandes investidores mundiais. São marcas já consolidadas no mercado, com décadas de tradição e capital para fazer grande investimento em marketing, uma concorrência difícil de competir, pois muitas vezes vem de países que já levam em seu nome tradição no setor de saúde e tecnologia, como Alemanha e Japão, mas não é impossível.
A dedicação e o acompanhamento no branding muitas vezes vale mais do que o investimento. A internet tem um papel muito importante neste processo de democratização do mercado de saúde, pois é lá que o consumidor pesquisa sobre sintomas de bronquite ou remédio para dormir. Por isso é tão importante que o branding esteja presente neste terreno, que, longe de ser terra de ninguém, como se diz por aí, é um ambiente democrático, perfeito para se fazer relacionamento.
AUTOR // Flávia da Fonte
Formada em Sistema para Internet, Arquitetura e com Mestrado em Ergonomia e Design de UFPE. Diretora da Tante.